13/12/2012

Projeto Brinquedo de Miriti: Vivência na Escola



Projeto: Brinquedo de Miriti: vivência na escola
Autor do Projeto Profª Ms Giovelângela de Paula
Co-orientadora Profª Andréa Batista

A construção do projeto surgiu nas séries, 6º e 7º ano, turno vespertino no ano de 2011 nas aulas de Educação Física no período de outubro a dezembro de 2011 como conteúdo da cultura corporal vivenciadas nas aulas teórico - praticas. Com a orientação da Profª. Andrea Aquino os estudantes tiveram seus trabalhos fundamentados nas aulas de Informática e Biologia.Os alunos vivenciaram atividades como: fundamentação teórica sobre Abaetetuba (estudo cartográfico,economia sustentável,produção de poesia sobre a poética do escritor João de Jesus Paes Loureiro - O Círio, estudo sobre a gastronomia do miriti e o estudo sobre O brinquedo de miriti e seu processo de produção  e realizaram a pintura nas peças de miriti estudando com isso as cores e sua relação com a arte artesã .Os resultados deste trabalho foram apresentados à comunidade escolar no período de 14 a 16 de janeiro de 2012, por meio de exposição oral e apresentação de pôsteres.
No ano de 2012 na semana pedagógica da Escola Ruth Rosita percebeu-se a importância da ampliação do projeto para o Ensino Fundamental  5º e 9º ano e Ensino Médio 1º ano o qual houve também a inserção de outras disciplinas além da Educação Física, tais como: Geografia, Ensino Religioso, História, Artes, Língua Portuguesa e espanhola, Matemática e ainda apoiados pelos espaços pedagógicos Sala de informática e sala de leitura.
O Projeto “Brinquedo de Miriti: Vivência na escola” parte do pressuposto que a Educação Física traz em sua trajetória a necessidade histórica de transformação das práticas desenvolvidas no interior da escola. No que concerne ao campo educacional, tais práticas têm sido marcadas hora pela vinculação á saúde, hora pelo tecnicismo exacerbado pela esportivização da disciplina, hora pela ausência de ação mais sistemática do professor no que tange ao trato com o conhecimento da disciplina, o que caracterizou historicamente as conhecidas aulas “livres” (coletivo de autores,1992).
O projeto foi desenvolvido a partir da temática da cultura corporal jogos e brincadeiras, com a ideia de valorizar o brinquedo de miriti e promover aprendizagens nas dimensões cognitivas, sociais e motoras.       Procurou-se neste trabalho apresentar os objetos artesanais que dadas às diversidades regionais, surgem como ricas manifestações culturais e que encantam aos olhos das crianças e dos adultos. Segundo Ferreira podem ser considerados brinquedos folclóricos aqueles que vêm de longa data, passando de pai para filho e para neto, com pequenas modificações, ocorridas com passar do tempo.
Por outro lado, são considerados artesanais aqueles que são feitos individualmente, em casa ou em pequenas oficinas, aparecendo geralmente em feiras populares e artesanais. Assim, a arte de fazer brinquedos faz parte da cultura popular, ela contribui para manter os costumes de um povo. Para o artesão, as mãos aliadas às habilidades e ao conhecimento transformam a matéria-prima em objetos de lazer que além de distrair, contribuem para o desenvolvimento pessoal e social de cada ser humano.
Quando se brinca utilizando brinquedo, realiza-se uma inserção de costumes, valoriza-se a relação desses brinquedos com a identidade cultural e social do lugar e, reconta-se um pouco da história do sujeito individual e coletivo. Segundo KISHOMOTO (1999) o brinquedo é um estimulante material que faz fluir o imaginário infantil e traz para a criança a oportunidade de brincar.
Reunimos, nesta pesquisa os brinquedos de miriti, cujo processo de tecnologia, não foi capaz de destruir, porém, e necessário que se faça uma reflexão sobre sua importância para o meio ambiente e para o sustento das famílias que utilizam da arte do miriti sua fonte de renda.
Portanto, construir os próprios brinquedos e fazer com que eles se perpetuem não é, segundo Oliveira (1982), apenas uma arte popular, mas é acima de tudo uma forma de brincar, pois conceber e construir o brinquedo como uma distração é extremamente prazerosa, além de ser uma maneira utilizada pelo ser humano como uma forma de expressão.
Diante dessas discussões sobre a inserção do brinquedo de miriti no ambiente escolar acredita-se que a Educação Física contribui para o desenvolvimento humano em uma perspectiva global e integrada com a cultura, possibilitando ações interdisciplinares significativas para a aprendizagem critica e reflexiva do educando.
O Projeto aconteceu em vários momentos, onde seu início deu-se com a aula inaugural ao longo do período aprofundamento teórico, aula de campo, pintura do brinquedo e ao final a mostra cultural, a qual  reuniu todos os trabalhos confeccionados pelos educandos.

Dia 15 de junho de 2012 aconteceu a apresentação do projeto a aquipe de professores e alunos das turmas 5º ano, 9º ano (tarde) e 1º ano do Ensino Médio. Nos meses de agosto e setembro fundamentação teóricos, no dia 31 de outubro (excursão-pesquisa de campo em Abaetetuba), no dia 23 de novembro ocorreu a Mostra Cultural “ABAETETUBA: CIDADE MUNDIAL DO BRINQUEDO DE MIRITI”, cuja apresentação foi o resultado dos trabalhos finais produzidos pelos educandos do 5º e 9º ano (tarde) e 1º do Ensino Médio (manhã). A Mostra Cultural apresentou trabalhos em forma de: Exposição de painel fotográfico, trabalhos escritos, portfólio, degustação da gastronomia do miriti, declamação de poesia, dança e teatro, concursos de: compositor e poeta mirim
  Colaboradores: a Escola Ruth Rosita, Centro Cultural Nina Abreu, Merian Abreu, Escritor João de Jesus Paes Loureiro, Artesãos Manuel Miranda, Gilda, Gercina Brandão e Paulo Brandão e a Culinarista Orlandina Silva.


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4 comentários:

Anônimo disse...

Estavam ótimos todos os trabalhos apresentados, parabéns a equipe de coordenação e alunos!

Anônimo disse...

Excelente a participação do escritor João de Jesus Paes Loureiro um grande escritor e poeta.

Anônimo disse...

Parabéns pelo trabalho desenvolvido, um belo exemplo a ser seguido, atividades como estas deveriam fazer parte do currículo escolar.

Anônimo disse...

Muito importante valorizar a cultura regional.